terça-feira, 11 de março de 2008

Links de interesse

- http://www.nupelia.uem.br/Servico/Lamarck.PDF
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Baptiste_Lamarck
- http://biogeo11esa.files.wordpress.com/2008/01/lamarckvsdarwin.pdf
- http://www.todabiologia.com/pesquisadores/lamarck.htm

By: Amândio Novais

Lamarck e Darwin II

Tanto para lamarck como pare darwin o meio ambiente exerce um papel preponderante no processo evolutivo. Segundo Lamarck o ambiente é o principal fator que provoca modificações nos organismos; pare Darwin o ambiente apenas seleciona as variações mais favoráveis. Vamos comparar as teorias de Darwin e Lamarck para a explicação do longo pescoço da girafa.

Segundo Lamarck obrigada a comer folhas e brotos no alto das árvores a girafa é forçada continuamente a ser esticar para cima. Esse habito mantido por longos períodos por todos os indivíduos da raça resultou no alongamento do pescoço.

A moderna teoria sintética da evolução ou neo-darwinismo

De acordo com a moderna teoria sintética os processos básicos da evolução são quatro: Mutação, Recombinação genética, Seleção natural e isolamento reprodutivo. Os três primeiros constituem as fontes da variabilidade genética, sem a qual não pode ocorrer modificação. A seleção natural e o isolamento reprodutivo orientam es variações em canais adaptativos.

As Fontes da Variabilidade

Sob a designação de variabilidade enquadrarmos as diferenças existentes entre os indivíduos da mesma espécie. Se observarmos qualquer população de organismos verificaremos a existência de inúmeras diferenças (variações) entre os organismos que a compõem. Assim, nunca existem dois indivíduos idênticos. Mesmo os chamados gêmeos idênticos, quando atentamente observados, diferirão em alguns caracteres. A diversidade entre Os organismos da mesma espécie é determinada por dois fatores: Recombinação genética e mutação. Entende-se por Recombinação genética as novas combinações dos gene., já existentes em uma dada população.

Nos estudos de Genética já verificamos que as novas combinações gênicas resultam dos processos de segregação independente e permutação. Quanto a mutação constitui a matéria prima da evolução, produzindo novos genótipos e fenótipos. É importante salientar que a mutação ocorre espontaneamente, ou seja, nunca aperece como resposta do organismo a uma situação ambiental.


By: Amândio Novais

Argumentos do Evolucionismo

- Argumentos do evolucionismo: anatomia comparada; paleontologia; biogeografia; bioquímica; citologia.



By: Amândio Novais

Fonte: http://www.slideshare.net/catir/argumentos-do-evolucionismo/

Lammarck vs Darwin




By: Amândio Novais

Argumentos a favor do evolucionismo

Existem vários tipos de argumentos a favor das teorias evolucionistas, baseados em dados recolhidos por numerosos ramos da ciência.

Estes factos, no entanto, não devem ser considerados isoladamente, pois todos estes aspectos são complementares e devem ser usados no maior número possível para se obter uma relação evolutiva entre as diferentes espécies.

Vamos então considerar os seguintes argumentos:

Anatomia Comparada;

Paleontologia;

Embriologia;

Bioquímica;

Citologia;

Biogeografia;

Parasitológicos.

Por: César e Luís Pedro

Lamarck vs. Darwin

Lamarck e Darwin sugerem duas explicações para a diversificação das espécies por processos evolutivos, seguindo mecanismos diferentes.

Lamarck defendia que os indivíduos perdem as características de que não precisam e desenvolvem as que utilizam. O uso contínuo de um orgão ou parte do corpo faz com que este se desenvolva e seja apto para o correcto funcionamento, e o desuso de um orgão ou parte do corpo faz com que este atrofie e com o tempo perca totalmente sua função no corpo do indivíduo. O uso e desuso de partes do corpo provocam alterações no organismo do indivíduo, essas alterações podem ser transmitidas às gerações seguintes.

Já Darwin defendia que existiam variações dentro dos indivíduos da mesma espécie. Segundo ele, o meio faz a escolha dos indivíduos (selecção natural) favorecendo aqueles
que possuem características mais apropriadas para um determinado ambiente, tornando-os mais aptos e eliminando os restantes.




Por: César e Luís Pedro

segunda-feira, 10 de março de 2008

Neodarwinismo sintese

O desenvolvimento dos conhecimentos de genética, particularmente as novas descobertas sobre hereditariedade, permitiu reinterpretar a teoria da evolução de Darwin, sintetizando e correlacionando os diversos conhecimentos das áreas da genética, citologia e bioquímica.

O Neodarwinismo difere das ideias propostas por Darwin porque:

-explica as causas das variações

-a variabilidade surge nas frequências genéticas, isto é, no fundo genético das populações.


O Neodarwinismo baseia-se nos trabalhos de:

-Darwin e Wallace – importância do meio e da selecção natural

-Mendel – lei da segregação independente dos caracteres

-Walter e Sutton – localização e suporte dos genes nos cromossomas (teoria cromossomática da hereditariedade).

-Morgan – relação entre a variabilidade fenótipica e alteração nos genes ou na consequência de genes nos cromossomas (explicação genética das mutações).

-Anatomia comparada e paleontologia.

Segundo o Neodarwinismo, a variabilidade, matéria-prima do processo evolutivo, é causado fundamentalmente pela recombinação génica e pelas mutações.


Recombinação génica – ocorre através da reprodução sexuada em dois fenómenos complementares: a meiose e a fecundação.

-pela meiose, ocorre a recombinação génica ao acaso, na Profase I, através do crossing-over entre os cromossomas homólogos dos progenitores, contribuindo também a disposição ao acaso dos cromossomas na placa equatorial e sua ascensão para os pólos, durante a Anafase I.

-pela fecundação, ocorre a união ao acaso dos gâmetas, de entre os milhares que são formados.


As mutações são causas de variabilidade porque podem introduzir novos genes nas populações, que, se forem vantajosos, poderão contribuir para aumentar a capacidade de sobrevivência.

Assim, mutações e recombinação génica:

-criam variabilidade no fundo genético de uma população

-aumentam a possibilidade da adaptação, perante as variações do ambiente (maior aptidão evolutiva)

-aumentam a possibilidade de aparecimento de variações favoráveis

-conferem mais hipóteses de sobrevivência, originando um maior número de descendentes




by frederico

Lamarckismo

- O meio é agente causador das modificações -> uma alteração do meio provoca nos seres vivos o aparecimento de novas características que lhes permitem a adaptação a esse ambiente

- Lei do Uso e do Desuso
- Lei da transmissão dos caracteres adquiridos







by frederico

fixismo

Fixismo: admite que as espécies, desde o seu aparecimento, são imutáveis, ou seja, não sofrem modificações. Tem os seguintes ramos:

Criacionismo: defendia que todos os seres vivos tinham sido obra divina e que por isso eram perfeitos e não precisavam de sofrer alterações

Espontaneísmo: a vida surgia quando existissem condições favoráveis a isso, uma dessas condições era a existência de uma força vital

Catastrofismo: a existência de catástrofes naturais destruía determinados seres vivos, outras espécies existentes iriam povoar esses locais desabitados



by frederico

domingo, 9 de março de 2008

Das teorias fixistas ao evolucionismo de Lamarck

A ideia do mundo apresentar variações ao longo do tempo e as espécies não serem excepção a essas modificações (ideia evolucionista), começou a implantar-se, colocando em causa a concepção fixista.




Teoria de Lamarck

Lamarck foi um grande taxonomista francês e, por isso, detentor de um vasto conhecimento sobre anatomia dos seres vivos. Lamarck admitia que os seres vivos provinham de outros seres vivos e que cada espécie ocupava um lugar na “escala natural”, na qual o homem ocupava o topo.
Em 1809, Lamarck, na sua obra Philosophie Zoologique, apresentou aquela que é considerada por muitos como a primeira teoria sobre a evolução de espécies.
A teoria de evolução defendida por Lamarck radica em dois princípios:

- Lei do uso e do desuso;
- Lei da transmissão dos caracteres adquiridos.

Lamarck considerava que o ambiente e as necessidades dos indivíduos são as causas responsáveis pela evolução dos seres vivos. Lamarck defendia que os seres vivos têm um impulso interior, que lhes permite adaptarem-se ao meio quando pressionados por alguma necessidade imposta pelo ambiente.
A necessidade de se adaptarem às condições ambientais ditaria um uso ou um desuso de determinados órgãos, o que conduziria ao seu desenvolvimento (hipertrofia) ou à sua atrofia, respectivamente – lei do uso e do desuso.
Estas modificações permitiam aos indivíduos uma melhor adaptação ao meio, sendo transmitidas a descendência – lei da transmissão dos caracteres adquiridos.




Por: César e Luís Pedro

Fixismo, Geração Espontânea e Criacionismo

Fixismo: Esta teoria pretende explicar o surgimento das espécies, afirmando que estas surgiram sobre a Terra, cada qual já adaptada ao ambiente onde foi criada, pelo que, uma vez que não havia necessidade de mudanças, as espécies permaneciam imutáveis desde o momento em que surgiram. Deste modo, e de acordo com esta teoria, não haveria um antepassado comum.
Desenvolveram-se, então, dentro do fixismo outras teorias que pretendiam explicar o surgimento das espécies:

Geração espontânea: Segundo Aristóteles, autor desta teoria, e influenciado pela teoria platónica da existência de um mundo das imagens, afirmava que as espécies surgem por geração espontânea, ou seja, existiam diversas fórmulas que dariam origem às diferentes espécies. Isto é, segundo ele, os organismos podem surgir a partir de uma massa inerte segundo um princípio activo. (Por exemplo, nascer um rato da combinação de uma camisa suja e de um pouco de milho).
A geração espontânea permaneceu como ideia principal do surgimento das espécies devido à influência que as crenças religiosas incutiam na civilização ocidental, principalmente. Assim, a geração espontânea tornou-se uma ideia chave para a teoria que surgiria a seguir.

Criacionismo: O criacionismo era visto por teólogos e filósofos de modos diferentes: os teólogos afirmavam que Deus, o ser supremo e perfeito, tinha criado todos os seres e, uma vez que era perfeito, tudo o que criava era perfeito também, pelo que as espécies foram colocadas no mundo já adaptadas ao ambiente onde foram criadas, e permaneceram imutáveis ao longo dos tempos; os filósofos, embora também apoiassem a criação das espécies por Deus, acrescentavam que, quando se verificava uma imperfeição no mundo vivo, esta devia-se ao ambiente, que era corrupto e mutável, portanto imperfeito.
Assim, e segundo esta teoria, o aparecimento de novas espécies eram impensável, bem como a extinção de outras.




Por: César e Luís Pedro

sábado, 8 de março de 2008

Sintese







By: Amândio Novais

Leis do Lamarckismo

- Lei do uso e do desuso: a função faz o órgão, isto é, se ocorre uma mudança brusca no ambiente, e o indivíduo passa a utilizar muito um determinado órgão, então esse órgão vai desenvolver-se, tornando-se maior, mais forte ou mais sensível. Caso o indivíduo deixe de utilizar esse órgão, então vai ocorrer a sua atrofia. É isto que explica e lei do uso e do desuso: se o ambiente faz com que haja a necessidade do desenvolvimento de certo órgão, ou vice-versa, vai ocorrer o desenvolvimento ou atrofia desse órgão.

"Aquela,que quanto mais usa cresce E quanto menos usa encolhe"
- Lei da transmissão dos caracteres adquiridos: os órgãos que se adaptaram em determinado indivíduo são transmitidos geneticamente. Assim, todos os indivíduos, desde que necessitem, sofrem alterações que transmitem aos descendentes. Deste modo, a transmissão genética dos caracteres adquirido leva à evolução da espécie em direcção à perfeição, relativamente aos factores ambientais. Isto equivale a dizer que a finalidade faz o órgão.


By: Amândio Novais

Mais argumentos a favor do evolucionismo

Argumentos embriológicos
Em determinados grupos de animais, as relações de parentesco são mais facilmente percebidas na fase embrionária do que na fase adulta. Nas fases precoces do desenvolvimento embrionário, existem semelhanças entre os embriões das diferentes classes dos Vertebrados. Essas semelhanças podem ser explicadas se pensarmos que, no decorrer do processo embrionário, se esboça o plano estrutural básico do corpo que todos herdaram de um ancestral comum.
Haeckel forma a lei da recapitulação, segundo a qual a ontogenia é uma recapitulação da filogenia, ou seja, durante o desenvolvimento embrionário cada animal passa por fases que correspondem a fases adultas de espécies ancestrais. Esta interpretação, apesar de errada, veio sugerir uma forte relação entre ontogenia e filogenia. Quanto mais afastados filogeneticamente estiverem duas espécies, mais curtas são as fases embrionárias comuns e, pelo contrário, os seres mais aparentados apresentam estádios embrionários semelhantes
Mais tarde a hipótese de Haeckel foi conhecida Lei da biogenética. Esta lei baseou-se na premissa de que as mudanças evolutivas têm origem numa sucessiva adição de estádios.

Argumentos biogeográfica
Estes argumentos, baseando-se na distribuição geográfica dos seres vivos, consideram dois casos distintos:
-
a existência de seres vivos semelhantes em regiões muito afastadas.
Como exemplo, refira-se a semelhança existente na fauna e flora África e América do Sul e a existente na Ásia e na parte ocidental da América do Norte. Admite-se que outrora estes continentes estiveram unidos e que após a sua separação não se verificou divergência evolutiva, talvez porque as condições ambientais a que ambas as espécies ficaram sujeitas tivessem sido idênticas.
-
a ocorrência de grande diversidade de seres vivos em zonas geograficamente próximas. É o caso, por exemplo, das tartarugas das ilhas Galápagos e pássaros do mesmo arquipélago: embora tenham derivado de antepassado comum, pensa-se que estes seres foram condições ambientais diferentes (pressões selectivas diferentes), o que levou a uma divergência evolutiva. Neste caso particular, a divergência originou mais do que duas espécies diferentes, falando-se em radiação adaptativa.


by frederico

sexta-feira, 7 de março de 2008

As Teorias evolutivas

As Teorias evolutivas

A teoria de Lamarck

Jean-Baptiste Lamarck, foi o primeiro cientista a propor uma teoria sistemática da evolução. A sua teoria foi publicada em 1809, num livro chamado Filosofia zoológica.
Segundo Lamarck, o principio evolutivo estaria baseado em duas Leis fundamentais:

Lei do uso ou desuso: o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem.

Lei da transmissão dos caracteres adquiridos : alterações provocadas em determinadas características do organismo, pelo uso e desuso, são transmitidas aos descendentes.

A teoria de Darwin

Charles Darwin , desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da selecção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, seleccionados para aquele ambiente.
Os princípios básicos das ideias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:

Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, indenticos entre si.

O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações.

Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta.

Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.

Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturalidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie.

Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas.

Assim , ao longo das gerações, a actuação da selecção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio.

A abordagem de Darwin sobre a evolução era bastante distinta daquela de Lamarck, como pode ser visto no esquema a seguir:

A teoria sintética da evolução

A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a selecção natural e incorporando noções actuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança através da mistura de sangue pelo conceito de herança através de partículas: os genes.
A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva. A população pode ser definida como agrupamento de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.
Para melhor compreender esta definição , é importante conhecer o conceito biológico de espécie: agrupamento de populações naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reproductivamente isolados de outros grupos de organismos.
Quando, nesta definição, se diz potencialmente intercruzantes, significa que uma espécie pode ter populações que não cruzem naturalmente por estarem geograficamente separadas. Entretanto, colocadas artificialmente em contato, haverá cruzamento entre os indivíduos, com descendentes férteis. Por isso, são potencialmente intercruzantes.
A definição biológica de espécie só é valida para organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução assexuada, as semelhanças entre características morfológicas é que definem os agrupamentos em espécies.
Observando as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, pode-se notar que não existe um indivíduo igual ao outro. Excepções a essa regra poderiam ser os gémeos univitelínicos, mas mesmo eles não são absolutamente idênticos, apesar de o património genético inicial ser o mesmo. Isso porque podem ocorrer alterações somáticas devidas á acção do meio.
A enorme diversidade de fenótipos em uma população é indicadora da variabilidade genética dessa população, podendo-se notar que esta é geralmente muito ampla.
A compreensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma população é fundamental para o estudo dos fenómenos evolutivos, uma vez que a evolução é, na realidade, a transformação estatística de populações ao longo do tempo, ou ainda, alterações na frequência dos genes dessa população. Os factores que determinam alterações na frequência dos genes são denominados factores evolutivos. Cada população apresenta um conjunto
genético, que sujeito a factores evolutivos , pode ser alterado. O conjunto genético de uma população é o conjunto de todos os genes presentes nessa população. Assim , quanto maior é a variabilidade genética.
Os factores evolutivos que actuam sobre o conjunto
genético da população podem ser reunidos duas categorias:

Factores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação genétic, mutação cromossônica , recombinação;

Factores que actuam sobre a variabilidade genética já estabelecida : selecção natural, migração e oscilação genética.

A integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies. Nos capítulos seguintes , esses tópicos serão abordados com maiores detalhes.

by: Jaime

quinta-feira, 6 de março de 2008

Argumentos do evolucionismo

Argumentos de anatomia comparada
A anatomia comparada é o estudo comparativo da forma e estrutura em diferentes organismos, de modo a estabelecer relações de parentesco entre eles.
Os dados anatómicos que evidenciam as relações de parentesco entre as diferentes espécies de seres vivos são a existência de órgãos homólogos, análogos e vestigiais.

Órgãos Homólogos – têm o mesmo padrão anatómico básico, a mesma origem embrionária, podendo em diferentes seres vivos desempenhar funções diferentes. Estes órgãos têm, em diferentes organismos, a mesma organização estrutural, a mesma posição relativa, o que reflecte que divergiram do mesmo antepassado, adaptando-se posteriormente a diferentes ambientes ou nichos ecológicos. Reflectem, por isso, uma evolução divergente (Ex.: membros anteriores dos Vertebrados).
O conjunto ordenados de órgãos homólogos em diferentes organismos constitui uma Série Filogenética.
Órgãos análogos - têm difere. padrão anatómico básico, difere. origem embrionária, desempenhando em diferentes seres vivos a mesma função. Estes órgãos têm, em diferentes organismos, difere. organização estrutural, diferentes posições relativas, o que reflecte que evoluíram de antepassados diferentes, sendo órgãos puramente adaptativos, acomodando-se aos mesmos nichos ecológicos.
Reflectem, por isso, uma evolução convergente (Ex.: as asas dos insectos e das aves).

Órgãos Vestigiais – órgãos que foram de grande utilidade um antepassado mas que no presente têm uma função reduzida. O ambiente actuou no sentido regressivo, privilegiando os indivíduos que iam surgindo com esses órgãos cada vez mais reduzidos. Ao longo de milhões de anos tornaram-se rudimentares, vestigiais, isto é, não funcionais.

by frederico

Lamarck vs Darwin por imagens


by frederico

Evolução

O que é a Evolução?

Evolução é o processo pelo qual ocorrem as transformações nos seres vivos pelo passar do tempo, dando assim origem a espécies novas.

Evidências de Evolução


A evolução tem as suas bases fortemente apoidas pelo estudo comparativo dos organismos, sejam eles fósseis ou actuais. Os tópicos mais importantes desse estudo serão apresentados de forma resumida.

Homologia e analogia


Homologia: mesma origem embriológica de estruturas de diferentes organismos, sendo que essas estruturas podem ter ou não a mesma função. As estruturas homólogas sugerem ancestralidade comum.

Analogia : semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente à adaptação a uma mesma função. São consideradas resultado da evolução convergente.

Órgãos vestigiais



Órgãos vestigiais : órgãos reduzidos em tamanho e geralmente sem função, que correspondem a órgãos maiores e funcionais em outros organismos. Indicam ancestralidade comum.

Embriologia comparada


O estudo comparado da embriologia de diversos vertebrados mostra a grande semelhança de padrão de desenvolvimento inicial. À medida que o embrião se desenvolve, surgem características individualizantes e as semelhanças diminuem. Essa semelhança também foi verificada no desenvolvimento embrionário de todos animais metazoários. Nesse caso, entretanto, quando mais diferentes são os organismos, menor é o período embrionário comum entre eles.

Estudo dos fósseis


São considerados fósseis impressões deixadas por organismos que viveram em eras passadas , como , por exemplo, pegadas de animais extintos e impressões de folhas, de penas de aves extintas e da superfície da pele dos dinossauros.

A importância do estudo dos fósseis para a evolução está na possibilidade de conhecermos organismos que viveram na Terra em tempos remotos, sob condições ambientais distintas das encontradas actualmente, e que podem fornecer indícios de parentesco com as espécies actuais. Por isso, os fósseis são considerados importantes testemunhos da evolução.

By: Jaime

Lamarckismo

Teoria criada no séc. XIX, pela qual se explica a evolução dos seres vivos pela influência das variações do meio sobre o comportamento e sobre os órgãos.

  • Concepções de Lamarck
- Modificações ambientais < novas necessidades < novos comportamentos (lei do uso e do desuso) < modificações no organismo < transmissão de características adquiridas aos descendentes (lei da transmissão dos caracteres adquiridos)< adaptação da espécie ao longo de gerações.

By: Amândio Novais; Nuno Pereira.

Teoria Evolucionista - Lamarck

No século XIX surgiram as primeiras teorias evolucionistas. Estas teorias defendem a existência de antepassados comuns a todos os seres vivos e a lenta transformação ao longo do tempo, diferindo apenas no mecanismo que propõem para explicar como ocorreu o processo evolutivo: Lamarckismo e Darwinismo. Aqui vamos abordar a primeira.


By: Amândio Novais; Nuno Pereira.

Comparação entre o Lamarckismo e o Darwinismo

Semelhanças
Teorias explicativas da biodiversidade.
Atribuem ao ambiente um papel importante na evolução.

Diferenças
No lamarckismo o meio é o principal factor favorável pelas alterações em determinado órgão dos seres vivos.
No darwinismo o ambiente vai desempenhar um papel de selecçionador (selecção natural) na medida em que escolhe as variações dos seres vivos (variabilidade diferencial) que permite uma melhor sobrevivência (sobrevivência diferencial).


by Frederico

Charles Darwin (1809-1882)


Nascido de uma família abastada, Darwin recebeu educação nas melhores instituições de seu tempo, posteriormente cursando medicina na Universidade de Edimburgo. Abandonou o curso de medicina dois anos após sua entrada na universidade. Mais tarde entrou para a Universidade de Cambridge, de 1828 a 1831. Lá entrou em contato com duas personalidades que influenciaram sobremaneira suas posteriores pesquisas: conheceu o geólogo Adam Sedwick e o estudioso de Botânica John Henslow. Este o convenceu a partir em uma viagem ao redor do mundo, que durou cinco anos. Nesta viagem, Darwin passou a coletar inúmeros espécimes da vida terrestre e marítima, já tendo sido instruído por Henslow e Sedwick na observação científica dos fenômenos do mundo natural e na observação dos resíduos da história terrestre.

Darwin tinha 22 anos quando zarpou em 1831 com o Beagle com a missão primária de desenhar reentrâncias mal conhecidas do litoral da costa Sul Americana. Enquanto a maioria da tripulação estava descobrindo a costa, Darwin ficava em terra coletando material da exótica flora e fauna até então pouco conhecidas pelos europeus.

Darwin teve a oportunidade de perceber as adaptações que aconteciam de acordo com cada ambiente, sejam as selvas brasileiras, sejam os pampas argentinos e ainda os Andes. Darwin estava estarrecido com as peculiaridades da distribuição geográfica das espécies. O caso que ficou mais famoso foi o das ilhas Galápagos, que ficam cerca de 900 km da costa e hoje pertencem ao Equador. As espécies nestas ilhas são endêmicas porém lembram espécies que vivem no continente sul americano. Darwin quando fez a sua coleta de pássaros não se preocupou em fazê-lo ilha por ilha, principalmente porque ele não tinha ainda idéia do significado que a fauna e a flora teriam para ele depois disso. Neste ponto da sua vida Darwin já estava questionando o conceito estático da Terra. Para ele a Terra evoluía e estava em constante transformação...

Quando Darwin coletou os tentilhões ele não sabia se eram todos de uma só espécie, ou se eram espécies diferentes. Quando ele voltou a Inglaterra em 1836 ele consultou ornitologistas que o disseram que eram espécies separadas. Quando isto aconteceu ele reviu as notas que escreveu durante a viagem e, em 1837, começou a escrever o primeiro de uma série de anotações sobre a origem das espécies...

Darwin então começava a perceber que a origem das espécies e a adaptação ao meio ambiente eram processos muito relacionados.

Nos primeiros anos de 1840 Darwin trabalhou nas bases de sua teoria de seleção natural e mecanismos de evolução, porém ele ainda não havia publicado nenhuma de suas idéias. Mas ele não estava distante da comunidade cientifica da época, pois já era considerado um grande naturalista pelas espécies que enviou de sua viagem com o Beagle e recebia cartas e visitas de cientistas renomados. Darwin tinha problemas de saúde e ficava muito dentro de casa e reunia cada vez mais material para dar suporte à sua teoria. Porém o pensamento evolucionista estava emergindo em diversas áreas e Darwin estava relutante em expor suas idéias para o público da comunidade cientifica... Até que em junho de 1858 Darwin recebeu uma carta de um jovem chamado Alfred Wallace, que estava trabalhando nas Índias Orientais. Na carta Wallace pedia para Darwin avaliar um paper e se considerasse relevante, que passasse para Lyell. No paper Wallace desenvolveu uma teoria de seleção natural essencialmente idêntica a de Darwin... Isto fez com que Darwin apressasse a publicação de "A Origem das Espécies", mas ele primeiro apresentou o trabalho de Wallace juntamente com um artigo que ele próprio (Darwin) havia escrito em 1844 (e deixado com a mulher para que ela publicasse caso ele morresse antes de escrever algo mais completo sobre o assunto) para a Sociedade Linnaen de Londres.

No ano de 1859, a publicação da grande obra de Darwin, A Origem das Espécies, tal foi o grande impacto de suas teorias em sua época que a primeira edição da Origem, com tiragem de mil duzentos e cinquenta exemplares, esgotou-se no primeiro dia.

Morre a 1882, em Paris.



Em 1997 a teoria recebeu anuência do representante máximo da Igreja Católica, o Papa João Paulo II. A teoria de Darwin revolucionou definitivamente o modo como o mundo científico e o homem de maneira geral compreendem a existência da vida no planeta.


By: Jaime